Ibotirama operação contra venda de arma de fogo ba

Duas pessoas morrem e quatro são presas em operação que ocorre em Cidades Sergipe e Ibotirama (BA) contra comercialização ilegal de armas de fogo

De acordo com a SSP, policiais e políticos estão entre os investigados.

Duas pessoas morreram em confronto com policiais civis e militares durante uma operação, que ocorre em Sergipe e Ibotirama no oeste da Bahia, contra a comercialização ilegal de armas de fogo, munições e acessórios na cidade sergipana de Itabaiana. Outros quatro investigados foram presos e seis armas de fogo foram apreendidas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais e políticos estão entre os investigados.

 

Além de Itabaiana, a operação ocorre nas cidades sergipanas de Aracaju, Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida, Canindé de São Francisco, Areia Branca, Neópolis, e em Ibotirama, na Bahia.

Em Ibotirama, equipes da DEPIN da Polícia Civil e do Comando de Operações Especiais (COE/BA) cumpriram mandados numa residência do bairro Morada Real, onde um homem identificado por Wilton Nogueira resistiu a abordagem e atirarou contra os policiais. O homem ainda chegou a ser socorrido mais veio a óbito no Hospital Regional do Velho Chico.

A SSP informou que as investigações se iniciaram em agosto do ano passado, quando policiais civis prenderam em flagrante um homem investigado por tráfico de drogas e homicídio. Foi identificado que ele operava um esquema criminoso comercializando ilegalmente e em larga escala armas de fogo, munições e acessórios. O grupo tinha forte atuação em Sergipe, Alagoas e Bahia, além de outros estados.

Os dois homens que entraram em confronto com as forças policiais e morreram durante operação em Itabaiana e na Bahia foram pai e filho, Wilton Nogueira, conhecido como "Boy de Itabaiana" e Gustavo Nogueira, respectivamente. A ação com Gustavo foi registrada numa residência no Loteamento Santa Mônica, no município serrano, enquanto com Wilson ocorreu na cidade de Ibotirama, no estado baiano.

Conforme a apuração policial, o grupo fazia uso de armamento de grosso calibre, associado a servidores públicos, inclusive policiais e políticos, com o objetivo de praticar crimes e garantir a impunidade, com a utilização de informações privilegiadas para obter lucro e poder criminoso.

Segundo a investigação, os anúncios e comercialização dos materiais bélicos se davam, principalmente, através do aplicativo de mensagens, com negociações de preços e envio de comprovantes de depósitos das transações.

Ainda de acordo com a apuração policial, um dos investigados chegou a movimentar para a organização criminosa cerca de R$ 150 mil comercializando cerca de 23 armas de fogo. Há indícios de que os investigados atraiam pessoas para adquirir, legalmente, armas de fogo e munições, as quais eram vendidas de maneira ilícita.

A operação está sendo chamada de Underground e, segundo a SSP, refere-se "ao submundo do crime".